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quarta-feira, 17 de outubro de 2012

ENTREVISTA COMPLETA DE RIHANNA PARA A VOGUE.


Confira abaixo, em português, o artigo contendo a entrevista que Rihanna concedeu para a Vogue. Ela é a capa da edição de novembro da revista, confira as fotos nas publicações anteriores.

Totalmente sem filtros, incansavelmente produtiva e obcecada por milhões, a supernova Rihanna está preparando um novo álbum de estúdio e vivendo sua vida minuto-a-minuto.

Os bastidores do MTV Video Music Awards em Los Angeles parecem uma versão cara e absurda do ensino médio. Em um pequeno corredor do Staples Center, as panelinhas musicais se cruzam entre os camarins, parecendo uma troca de aulas de álgebra. A popular Taylor Swift anda com um terno cor de creme, pálida, silenciosa, quase uma aparição. Um pedaço de Nashville aparece no corredor de concreto — Miley Cyrus, cumprimentando um amigo e mostrando seu novo e muito comentado cabelo. Tem a Katy Perry em um vestido preto floral. Tem a paixão das adolescentes, One Direction. Tem o time de ginástica olímpica dos Estados Unidos, prontas para apresentar Alicia Keys. Emma Watson, a atriz. P!nk, a pessoa. Em certo ponto, há uma agitação, e de repente Lil’ Wayne aparece em um skate de rodinhas verdes. Ele é baixinho, um par de fones de ouvido vermelhos tampa seus ouvidos.

Então, através um conjunto de portas prateadas, Rihanna aparece. Ela está vestindo um simples vestido vermelho de Adam Selman combinando com leggings de couro de Balenciaga, quando ela entra na sala, uma grande multidão se forma ao seu redor. Sua comitiva é grande, e Rihanna toma a frente, encarando os rostos através de óculos de Jeremy Scott, que parecem miniaturas de metralhadoras de ouro. Óculos de ditador. Poucos dias atrás, Rihanna cortou seu cabelo, como Audrey Hepburn em Sabrina, mas para o público isso ainda é um rumor, e como suas evoluções de estilo são incansáveis, ver seu novo cabelo é como se fosse uma prévia de um iPhone que ainda vai ser lançado. “Calor do momento”, Rihanna me diz depois. “Meus cabelos deveriam estar na altura da minha bunda hoje”.

Ela continua caminhando com seus Nike Air Jordan. Rihanna passa pelos camarins de Taylor Swift e Katy Perry, bem como o de Frank Ocean. Mais tarde, naquela noite, ela vai esbarrar no ator Robert Pattinson, que está aqui para promover o filme Crepúsculo, desacompanhado de Kristen Stweart (com quem tinha acabado de terminar um relacionamento). Quando falei sobre o rumor para Rihanna [de ela e Robert estarem juntos] antes de VMA, ela mostrou-se horrorizada e declarou ser “a maior besteira”, mas ela também parecia se divertir. Não há duas vidas privadas no universo que são submetidas a mais rumores diariamente do que a de Rihanna e Robert Pattinson, e assistir o encontro deles no corredor é como testemunhar a colisão de dois planetas das fofocas. Pattinson abaixa a cabeça e sorri. Rihanna lhe dá um abraço inocente e o empurra. O encontro dura menos do que três segundos.

Rihanna abre o VMA com duas músicas – a divertida Cockiness (Love It) e seu eletrizante hit com Cavin Harris,We Found Love. Do lado de fora do palco, a equipe de Rihanna se aproxima de um monitor de TV, pulando animadamente a cada um dos passos de dança e rebolados. Na metade da música, Rihanna tira seus óculos e pisca para a câmera, e todos que estão assistindo no monitor explodem como se tivessem acabado de ganhar o Super Bowl. Esta é Rihanna em sua essência irresistível: uma mistura suja-bonita de brutalidade e algumas gotas de fofura. Quando ela termina seu medley, Rihanna volta para o camarim e troca de roupa, coloca outro vestido de Adam Selman, este é branco com uma abertura nas costas que mostra a constelação de estrelas que vão do seu pescoço até seu ombro direito. Ela está prestes a tomar seu lugar na primeira fila, onde ela sentará junto de sua amiga de infância Mlissa Forde, bem como Katy Perry, uma de suas melhores amigas no mundo das celebridades. “Nós apenas observamos as pessoas”, Rihanna explica. Também há um drama em torno da chegada de seu ex, Chris Brown. Não muito longe dele estará Drake, quem esteva envolvido numa briga em uma boate com Chris Brown em Nova York. Dezenas de apresentadores e diversos artistas vão aparecer, mas a noite já parece como se estivesse girando em torno de Rihanna. Todo mundo quer estar perto dela, ver o que está fazendo. Se o VMA 2012 é de fato o ensino médio, Rihanna é a garota criadora de tendências.

A encontrei pela primeira vez no Giorgio Baldi, um restaurante italiano em Santa Monica, Los Angeles, que serve como a cozinha não oficial de Rihanna quando ela está em casa em Los Angeles. Jay-Z, que assinou contrato com Rihanna quando ela tinha apenas dezesseis anos, que a apresentou ao lugar. (Beyoncé a disse para experimentar a lula). Rihanna chega, na hora, às 21hrs. Ela está vestida em um top de couro preto de Alexander Wang e calças folgadas, um colar da Lanvin, e um par de sandálias desenhadas por Tom Forde. Você pode sentir o lugar quase enlouquecer, os clientes em outras mesas tentam não ficar de boca aberta. Este é o efeito de Rihanna, Tom Ford me explica mais tarde. “Ela faz meus joelhos ficarem fracos… sério”, ele diz.

É o fim do verão, algumas semanas antes do VMA, e o cabelo de Rihanna ainda estão longos e cacheados, envolvidos em um rabo de cavalo. Ela pede a lula e uma garrafa de vinho Pinot Noir, que são servidos com uma cômica rapidez, como se o chefe estivesse escondido debaixo da mesa.

“Se eu estiver na cidade seis dias, eu estarei aqui nos seis dias”, ela fala sobre o restaurante. “Mas eu nunca estou na cidade”.

Poucos dias atrás, Rihanna estava no Japão. Antes disso, em Barbados. Antes disso, na Costa Amalfitana, de férias com amigos em um iate de luxo. Em breve Rihanna estará em Londres, depois Paris, então estará de volta a Los Angeles e então Londres novamente. Ela viaja tanto ao redor do mundo que as vezes sequer consegue lembrar onde está. Rihanna diz que se encontrou uma manhã em um quarto de hotel em Tóquio e não fazia ideia de onde estava. “Jen, minha assistente, estava me acordando e eu estava tipo ‘Estou no quarto de quem? Por que estou neste quarto?’”.

Ela admite que perda e noção do tempo às vezes. “Nunca sei em que dia estamos”, ela diz. “Nunca, nunca mesmo”.

Que dia é hoje?

Rihanna faz uma pausa. Seus lábios se enrolam, ela começa a fazer um som de “s”. “Ah, eu ia dizer sábado”. Ela ri e corrige. “É quarta-feira!”.

É quarta-feira. O espaguete chega, o vinho está servido. Na calçada, paparazzi já se reuniram esperando sua partida. Na noite passada um deles perguntou se ela estava trocando mensagens com Robert Pattinson.

Ela diz que está solteira. “Eu não tenho um encontro há muito tempo”, ela diz. “Tipo dois anos. Não fui ao cinema, a um jantar. Nada”.

Fala sério. Se alguém quisesse ir a um encontro com você…

“Eu adoraria”, ela diz. “Você não acha? Eu sou uma mulher, uma mulher jovem, vibrante, e adoro me divertir. E eu tenho muitas mulheres ao meu redor atualmente”.

Ela toma um gole de vinho. “Sério, tudo que eu quero é um cara para me levar para sair, me fazer rir por uma boa hora e me levar de volta para casa. Ele nem precisa chegar junto, tudo que eu quero é conversar por algumas horas”.

Então qual o problema?

“Ninguém me chama. Confie em mim, estou esperando pelo cara que é corajoso o suficiente para lidar comigo. Vou esperar. Você sempre encontra as coisas erradas quando sai para procurar”.

O iPhone de Rihanna está sob a mesa, educadamente virado de cabeça para baixo e ignorado. Pode não estar cheio de rapazes ligando, mas tem um grande poder guardado nele. No momento Rihanna tem quase 26 milhões de seguidores no Twitter. Isso é quase 6 milhões a mais do que Barack Obama, mais do que CNN, MTV e ESPN juntas. Isso é hilário para ela, ela teve que ser convencida a twittar pela primeira vez. “Eu pensava, quem se importa? Tenho que ficar dizendo: ‘Entrei no carro. Entrando no avião’? Eu estava confusa com toda a ideia”.

Agora ela não pode ser parada. A atualização do Twitter de Rihanna é em tempo real de acordo com sua, às vezes selvagem, vida. Há frases inspiradoras e piadas para os fãs, e uma constante série de fotos do Instagram, de cidades estranhas a quartos de hotéis, sob o nome de “badgalriri”. Sua linguagem não é apropriada para todas as idades, mas ela tenta pegar leve. Ela digita muito a palavra “phuck”.

Ocasionalmente ela passa dos limites. Rihanna provocou uma controvérsia na primavera passada quando ela enviou uma foto de si mesma sentada nos ombros de seu guarda-costas no festival Coachella, enrolando o que parecia ser um cigarro de maconha na sua cabeça. A afeição de Rihanna com a maconha não é um segredo muito bem guardado — alguns dias depois do VMA ela twittaria uma foto segurando o que parecia ser um cigarro em frente de uma foto de Audrey Hepburn, com a legenda “Minha querida A. Hepburn relaxando com a Miss Jane (maconha)”. Mas ela ficou chateada por possíveis insinuações que a foto do Coachella pode ter retratado coisas mais fortes, possivelmente cocaína.

“Eles sabiam o que era”, ela diz. “Eles sabiam que era maconha, estava completamente claro. Pensei que seria desnecessário, eu não uso cocaína. Não gosto de ser associada a algo que seja falso”.

No passado, uma celebridade teria que aguentar a imprensa má, emitir um comunicado agradável e ir atrás de um publicitário. Rihanna usou o Twitter para defender-se da ofensa. Quando a MTV a zangou (twittando “Caramba!”) para as fotos do Coachella, ela deu o troco, falando que ela não dava a mínima. A MTV rapidamente deletou seu comentário. “Eu superei”, Rihanna fala sobre sua desavença com a emissora musical. “Somos amigos novamente”.

Você poderia pensar que a postura descomunal de Rihanna nas redes sociais deixaria sua equipe nervosa, mas o oposto é verdadeiro. Sua postura nua e crua parece deixá-la cada vez maior, abastecendo sua fã base.

“É a forma mais verdadeira de liberdade de expressão, certo?”, diz seu empresário Jay Brown. “Ela tem o direito de se expressar, e eu sei que ela está sendo brincalhona. Eu sei quando ela está falando sério e quando ela só está se divertindo”.

Também tem isso: Rihanna é uma rockstar. Algo aconteceu à música na década passada — com a indústria em crise, as gravadoras começaram a concentrar mais energia para os consumidores que ainda compravam (e não roubavam) música, e a maioria deles eram pré-adolescentes e seus pais. A música pop ficou cheia de artista da Disney, cheia de artistas cuja história era virginal e coreografada, e seguras para ouvir na van da escola. Mas entre os High School Musicals, Hannah Montanas e os ídolos pop bonitinhos, esquecemos das boas e velhas estrelas do rock. Estrelas do rock são desorganizadas, eles falam palavrões, comentem erros e não tentam impressionar seus pais. Este pode não ter sido o motivo de Rihanna colocar sua vida nas redes sociais, mas é possível ver a sabedoria em sua honestidade, pois, os milhares de ídolos pop nos ensinaram uma coisa: tentar ser alguém que você não é, é o pior tipo de armadilha. “Eu sou louca, e não finjo ser nenhuma outra coisa”, Rihanna escreveu durante o Coachella.

“O que você estava fazendo quando tinha 24 anos?”, Jay Brown me pergunta.

Digo que estava bebendo cerveja na floresta.

Brown ri. “Quer dizer, você estava se divertindo”, ele diz. “Rihanna está se divertindo. Ela está se divertindo muito”.

Quando Rihanna sai do restaurante, a costumeira barreira de flashes aparece. Então ela entra em seu carro, e um pouco mais tarde nos encontramos em um estúdio em West Hollywood, onde ela está trabalhando em selecionar faixas para seu próximo álbum. Eu ouço algumas, incluindo Diamonds, que se tornaria o primeiro single do álbum. São músicas incompletas, são demos cantados por outras pessoas, mas Rihanna já está imaginando-as na sua voz.

Me perguntam se gostei, digo que sim. Mas o que eu sei? Meu iPod é cheio de Fletwood Mac e gatos cantando músicas natalinas. Elas soam como decentes músicas pop para mim, mas não é possível julgar até que Rihanna esteja na música, colocando um ingrediente secreto, seu inconfundível tom caribenho que definiu versos em diversos hits como Pon de Replay e Love The Way You Lie (sua assombrosa colaboração com Eminem) e a animada We Found Love. Também tem Umbrella, que vai viver para sempre. Daqui a trinta anos você estará dirigindo seu carro — talvez seu carro espacial, levando seus netos para a escola espacial — eUmbrella vai tocar no rádio e você cantará do fundo dos seus pulmões.

As estatísticas são loucas. Rihanna já vendeu mais de 37 milhões de álbuns mundialmente, ela tem 11 singles na primeira posição nos Estados Unidos, seus vídeos já foram assistidos mais de 2,7 bilhões de vezes no YouTube, seis Grammys. Ela recentemente migrou para o cinema, como em Battleship no ano passado e The End of The World, uma comédia apocalíptica com James Franco e Seth Rogen, que estreia no próximo ano.

O que é incomum na carreira de Rihanna é a rigidez. Costumava haver uma fórmula padrão para músicos populares — gravar, promover, sair em turnê, fugir e se esconder por um tempo. A crença era que muita música iria expor demais o artista. Mas Rihanna e Jay Brown, seu empresário, pensam diferente. Ela lançou seis álbuns em sete anos. E mais um está a caminho.

“Se você tem um iPhone novo todo ano, porque não podemos lançar novo conteúdo?”, Brown pergunta. “Mas eu não acho que ela pensa assim. Ela ama fazer música, então vai continuar”.

Ela não tem nem um quarto de um século de idade e já é uma indústria. A revista Forbes estimou sua renda ano passado em 53 milhões de dólares, ficando na quarta posição na lista das celebridades mais poderosas, atrás apenas de Jennifer Lopez, Oprah e Justin Bieber. “Nós estamos apenas no começo do que Rihanna pode conquistar”, diz a amiga e estilista Stella McCartney. Monica Braithwaite, a mãe de Rihanna, acredita que sua filha encontrou um equilíbrio adequado. “Ela é uma empresária muito inteligente, mas ela ainda é a mesma Robyn, com um bom coração”, ela diz.

E ainda assim, não importa o que Rihanna faça como uma artista, sua história sempre volta à fevereiro de 2009, quando foi agredida por Chris Brown. O caso foi chocante, e Brown foi declarado culpado pela agressão. Apesar de uma nuvem pairar sobre seu nome, Brown e Rihanna se tornaram amigos. Controversialmente, eles colaboraram em um remix de uma faixa atrevida de seu último álbum chamada Birthday Cake. Durante o verão, ela fez uma entrevista emocionante com Oprah onde ela disse que ainda ama Chris e espera que ele “encontra a paz”.

No jantar pergunto se ela pensa que vai falar de Chris Brown pelo resto de sua vida. “Para o mundo, parece que não tem fim”, ela diz. “Existe uma obsessão que continuou mesmo durante o período em que não éramos amigos, ou não podíamos ser amigos. Nos odiávamos. O mundo não deixou passar, eles não viram o progresso em nossa amizade porque eles não viram nada, realmente, além da música”.

Ela diz que o remix de Birthday Cake foi sua ideia. “Não pensei que poderia ser algo prejudicial para a minha carreira”, ela diz. “Eu estava no meu ônibus da turnê viajando de uma cidade para outra, ouvindo meu álbum, e me veio a ideia de transformar a música em um dueto. Comecei a pensar em várias pessoas e seu nome passou pela minha cabeça. Há muito tempo não fazíamos música juntos… poderia ser um pouco chocante”.

Foi chocante, e trouxe tudo de volta. “Então agora é um pouco de fascinação, eu acho. Não sei se as pessoas vão parar em breve, mas sinto que eles tiverem o encerramento do assunto, vai acabar”. Ela não espera que vai ganhar a compreensão de todos. “Mas eles não estão por dentro. Eles não podem ver o que eu vejo, a menos que eles estejam no meu ponto de vista. Acho que vou aprender a aceitar isso”.

E continua. Depois do VMA, aparece na internet um vídeo de Rihanna abraçando Chris Brown enquanto volta para seu assento. É o tipo de troca inofensiva que acontece milhares de vezes nas premiações, mas por causa da terrível história, a internet vai à loucura. Na semana seguinte, Brown é fotografado com uma bizarra tatuagem de um rosto de uma mulher desconfigurado e seu porta voz é forçado a negar que seja Rihanna. (É um design da M.A.C. Cosmetics baseado em uma caveira do Dias dos Mortos, diz o porta voz). A história não para.

Só falta uma hora para o VMA acabar e dentro do camarim de Rihanna, somos tratados com balões, comidas e open bar. O visual é bem calmo. Sem doses de licor, sem sofás pegando fogo — a verdade é que a festa de 17 anos da minha sobrinha pode ter sido mais fora do controle. A maioria de estilistas, amigos e pessoas da gravadora apenas assistem a premiação em uma TV. Em certo ponto, Rihanna aparece para usar o banheiro feminino e adverte para continuarmos olhando para o televisor.

Então ela vence o último e grande prêmio da noite, Video of the Year. É a segunda vez que ela vence esta categoria (a primeira foi com Umbrella aos seus 19 anos). Após o apresentador e comediante Kevin Hart ler o seu nome, a câmera pega Rihanna de pé e limpando uma poeira imaginária de seus ombros, um sinal de deixar a negatividade para trás. Alguns minutos depois, ela está de volta ao camarim, de mãos para cima, balançando o envelope em sua mão. A sala vai à loucura, agora é uma festa! Ela posa para fotos de vitória junto de seu troféu.

Um representante da gravadora segura um cartão de visita. “Este cara fez o holograma do Tupac!”, ele diz. “Ele quer fazer o holograma de Rihanna”.

Ela não festeja na noite californiana. Algumas horas mais tarde, Rihanna está em um aeroporto embarcando em um jato privado. O grupo inclui Jay Brown, sua assistente Jen, sua amiga Leandra, sua prima Noella e seus irmãos Rorrey, de 23 anos, e Rajad, de 16. Uma comissária de bordo montou uma cama para Rihanna na frente do avião, empilhando dois travesseiros contra a parede da cabine. Se acomodando, Rihanna faz uma refeição rápida e passa algum tempo enviando alguns tweets de agradecimento em seu iPhone antes de adormecer.

Algumas horas depois, sou convidada para a cama de Rihanna. O avião está escuro mas ela está acordada e sentada. Suas pernas estão cruzadas debaixo das cobertas e uma jaqueta está sobre seus ombros, seus tênis estão no chão. Não há muito espaço, então eu me sento na cama. Ela parece sonolenta, sinto que eu deveria ler Goodnight Moon (um livro infantil) para ela.

“Noite divertida”, ela diz sobre o VMA.

Então ela fala um pouco sobre a primeira vez que ela foi a uma premiação como aquela, o quão intimidada ela se sentia, o quão nervosa ela se sentia por estar perto de experientes profissionais. Ela diz que o nervosismo nunca vai embora de verdade. Ela fala sobre passar o tempo com Katy Perry, como ambas entendem o que significa “passar por coisas pessoais de uma maneira muito pública” e como elas “genuinamente se importam se a outra está bem”. Ela diz que a presença de Chris Brown e Drake não foi um problema. “Foi fácil, nenhum problema”. Sobre a briga deles numa boate — foi dito que Rihanna era o motivo da briga — ela esclarece. “Eu nem estava lá, não tem nada a ver comigo”.

Ela olha ao redor do interior do elegante avião, onde as pessoas que ela ama estão em sono profundo. “É sempre surreal quando vamos a uma premiação assim”, ela diz. As vantagens de sua vida jovem são imensas, mesmo com as exigências podendo ser esmagadoras. “Eu estou numa posição positiva, mas eu tenho meus dias ruins”, ela diz. “Todo mundo tem seus dias”.

Ela ainda pode escapar. Às vezes, quando Rihanna quer deixar de ser Rihanna, ela e suas amigas saem juntas. Elas deixam os seguranças para trás e Rihanna se veste de maneira simples, nada muito louco ou reconhecível. Elas entram em um táxi e vão fazer compras, e por algumas horas, ela pode ser a Robyn novamente. “Definitivamente não como antes, mas ainda temos esses momentos”, sua amiga Melissa me diz mais tarde. “Para que ela sinta-se normal”.

O avião começa a descer. Vamos posar em Minot, Dakota do Norte, para uma parada de reabastecimento. É onde eu desço. Em uma hora pego um vôo para Minneapolis e em seguida, outro para Nova York. Rihanna vai para Londres, onde ela se apresentará na cerimônia de encerramento dos jogos Paraolímpicos junto do Coldplay e Jay-Z. Ela também fará uma nova tatuagem abaixo dos seios, uma representação da deusa Isis, e ela diz que é uma homenagem a sua avó que faleceu em julho. Ela se envolve em uma briga no Twitter com o entrevistador da CNN Piers Morgan, que teve a audácia de sugerir que “Rihanna tem que deixar seu cabelo crescer novamente. Rápido”. Rihanna dá o troco em Morgan: “Cresça um pau… RÁPIDO”, e você não pode deixar de imaginar o estômago de Morgan se revirando de vergonha. (Ou talvez não, ele e Rihanna fizeram as pazes em público e estavam combinando uma entrevista). Sua turnê mundial é anunciada, a maior de sua carreira. Não importa onde você viva, Rihanna provavelmente vai passar por uma cidade perto de você.

Tudo isso acontece nas 72 horas seguintes.

É verdade. Rihanna está se divertindo muito.







Fonte: Rihanna No Brasil

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